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Resenha: O sorriso da hiena – Gustavo Ávila

o sorriso da hiena - gustavo ávila

Resenha do livro “O sorriso da hiena” de Gustavo Ávila.

“Pelo menos você está perguntando o que há de tão errado neste mundo. A maioria de nós não diz nada pra não correr o risco de se incriminar depois por ter tomado partido.”

O sorriso da hiena – Gustavo Ávila

Atenção: esse texto contém spoilers. Se você ainda não leu este livro, recomendo que o faça antes de se aventurar por essas linhas.

Resumo:

Este livro começa já de forma impactante: as primeiras linhas narram com precisão dois assassinatos que parecem espelho um do outro, mas que se separam por 24 anos. Ambos os crimes contam com um casal e uma criança de 8 anos, que presencia a morte dos pais bem a sua frente. Logo depois, a pessoa que lê conhece o detetive Artur Veiga, investigador do caso mais recente, que têm algumas características interessantes: ele não fuma, mas anda sempre com um cigarro apagado na boca (aparentemente, parou) e tem a síndrome de Asperger, que é um espectro limiar do autismo. Assim, ele tem dificuldade com relações interpessoais e a sua única amiga é a Bete, também detetive, que sabe lidar com ele e o ajuda nas mais diversas situações. Em seguida, se apresenta o psicólogo William, um homem de bom coração que busca fazer alguma boa diferença no mundo. É ele quem recebe da investigação do caso a tarefa de fazer com que as crianças, em choque, falem sobre o que testemunharam; porém, ele vai além, oferecendo acompanhamento para essas crianças. É ele quem recebe um e-mail do assassino, David: nessa mensagem, ele explica o porquê faz o que faz. Ele é a criança que há 24 anos presenciou o assassinato dos próprios pais, que estavam apenas tentando ajudar a comunidade, denunciando os crimes que aconteciam ali. David também propõe algo inimaginável: que o William estude o desenvolvimento dessas crianças, para entender o efeito desse mal em suas vidas. A escolha é de William, David continuará cometendo assassinatos, até que chegue ao número de 5. No começo, William resiste, mas acaba muito envolvido com a “tarefa” a ponto de desmanchar o seu relacionamento amoroso com Juliana e causar o acidente que mata seu amigo Cris. Nesse turbilhão de acontecimentos, Artur descobre também que a Bete desapareceu. O leitor e a leitora sabem o que aconteceu com ela: investigando o caso do hacker que foi morto (e a namorada, depois da visita da Bete), a detetive acaba na casa do David, responsável pelo sumiço e, entende-se, por essas duas mortes também. Ambos os casos ficam sem resolução, até que 10 anos depois o detetive Artur Veiga recebe o convite do evento do lançamento do novo livro do doutor William, “um estudo revelador sobre as raízes humanas”. É nesse evento que Artur faz a ligação de várias coisas pequenas, que não poderia ter ligado antes: William faz um discurso incomum e uma parente de uma das vítimas de David diz que o psicólogo apareceu na casa para oferecer ajuda antes mesmo da polícia, fato conhecido pela leitora e pelo leitor, que acompanham a mensagem instrutiva de David para William no passado. Artur vai até a casa de William e obtém a confissão dele, sobre o que ele ocultou da investigação. Ele e o laptop com as mensagens de David são apreendidos e, em investigação, descobrem que as mensagens de David saiam do computador do próprio William, levantando a suspeita de que fosse ele mesmo o autor dos crimes, que esse David não existisse. No final, descobre-se que o assassino dos pais de David foi aprisionado por ele por todo esse tempo e também acaba assassinado.___

Comentários da Lis: 

Na minha adolescência eu era fissurada por romances policiais. Começou quando conheci Sidney Sheldon e suas heroínas femininas que, se não protagonizavam uma história de crime, pelo menos estavam envolvidas em algum mistério. Depois de conhecer os consagrados nomes do gênero, como Arthur Conan Doyle e Agatha Christie, e seus lendários detetives, perdi o interesse – acho belíssimo esse poder mutável da literatura. E então Gustavo Ávila vem e me presenteia com essa envolvente história, que não só narra os desdobramentos de crimes seriais, mas também destaca mensagens muito poderosas sobre a condição humana e seus males. Deixo abaixo alguns comentários sobre os aspectos que mais me chamaram a atenção:

O detetive Artur Veiga

“As pessoas não dizem o que veem, dizem o que sentem. Elas vão falar sobre a própria relação com as vítimas e não sobre o crime.”

Para uma pessoa que tem dificuldades em relações interpessoais, é uma excelente observação. Logo no começo o leitor e a leitora descobrem de uma condição específica do detetive Artur Veiga: ele tem a Síndrome de Asperger, que, basicamente, é um estado do espectro autista com maior adaptação funcional, cujas maiores limitações são de interação social. Como há essa questão, as pessoas com Síndrome de Asperger tendem a desenvolver (a fundo) interesses em que não há necessidade desse tipo de interação, como tecnologia, física, cálculo, etc. Porém, para Artur, os romances policiais foram motivo de grande interesse para ele quando criança e é por isso que ele decide se tornar um detetive. É curioso porque, além de se colocar voluntariamente em uma posição que exige certo grau de relações interpessoais, Artur se torna um dos melhores detetives de sua divisão, justamente porque seu raciocínio extremamente lógico, outra característica comum em Aspergers, é uma qualidade de alta importância para a profissão. Isso me lembra algumas outras personagens do meio ficcional que, tendo ou não a síndrome, seguem a mesma linha do sucesso, como o Dr. House.

“Quem diz que parou de fumar mas não pode ter um cigarro por perto na verdade não superou o vício, só não tem a oportunidade. Superar é poder estar perto de algo que você decidiu largar.”

Artur tem um pensamento muito lógico e, claro, apesar de isso dificultar sua relação com as pessoas em algumas situações, essa característica também é sua fortaleza como personagem. Achei bastante interessante e respeitosa a maneira com que o autor criou o clima de humor em torno da personagem. Não há piadas, o humor surge quase sempre dos mal-entendidos que uma mente literal pode se envolver, como quando Artur coloca o cigarro na boca e alguém diz que ele não pode fumar no local e ele responde: “Eu não fumo”. A partir da sua explicação, fica muito claro o que ele se propõe a fazer em relação ao vício, mas ele não entende que essa associação não é direta e muito menos instantânea para outras pessoas, que estão acostumadas com um processo que começa com uma pessoa colocando um cigarro na boca, acendendo-o e, por fim, fumando-o. Isso o faz parecer arrogante perante os outros, até meio maluco, o que é muito divertido para o leitor e a leitora que conhece os seus motivos. Particularmente, eu gosto desse humor que não estereotipa a personagem que tem uma síndrome, pelo contrário, coloca-o ao nível de uma pessoa geniosa, que, muito além do que meras limitações, têm uma personalidade única.

“Além da tendência de falar sempre o que se pensa. O que todo mundo afirma ser uma qualidade, mas que a maioria das pessoas não aceita muito bem quando a verdade tem a ver com elas mesmas.”

Essa personagem cativa a pessoa que lê e, arrisco-me a dizer, rouba a cena. Por sua condição, Artur às vezes parece até ingênuo, precisando de ajuda de sua amiga Bete, que frequentemente parece uma figura maternal e protetora em relação a ele; é ela quem apresenta a amiga que vai se tornar a esposa de Artur mais tarde, por exemplo, é uma espécie de guia. No entanto, é muito clara a imagem construída da personagem do detetive: ele é um homem bom, um adulto competente e que sabe se proteger, como várias pessoas que conhecemos.

Por fim, acho relevante mencionar o fato, no mínimo curioso, que o nome do herói de “O sorriso da Hiena” seja o mesmo de um dos ícones do romance criminal. Acredito fielmente que foi homenagem ao pai de Sherlock Homes.

O final

“Barro seco não tem conserto, detetive. É preciso quebrar, transformar em pó e moldar de novo.”

Confesso que o final ficou um pouco nebuloso para mim, logo que terminei o livro. Em um primeiro momento, me pareceu que William e David eram a mesma pessoa, ou seja, sofriam do transtorno dissociativo de identidade, um distúrbio que 2 ou mais personalidades se alternam para uma mesma pessoa (Já assistiu “Fragmentado”? Esse filme ilustra bem o conceito, assista). Fiquei até um pouco decepcionada, afinal, já é um assunto batido no universo da ficção psicológica. No entanto, lembrei depois que havia o núcleo da investigação do assassinato do hacker, a cargo da Bete; mais do que servir como um ponto de desiquilíbrio no detetive Artur Veiga, afinal, Bete era a sua única amiga, o desaparecimento dela por causa dessa investigação tira a dúvida uma vez por todas: o hacker, contratado pelo David, possibilitou que as mensagens que ele enviava para William tivessem o endereço do computador dele e morreu para que não se pudesse fazer a ligação. 

Acho que um dos pontos que mais contribuíram para o meu equívoco foi a transformação do rosto de William na delegacia quando Artur conta para ele o que descobriram sobre o seu computador: “Sua boca começou a ganhar tamanho, se armando e crescendo. Os dentes pareciam se projetar para fora quando o psicólogo explodiu em um largo e doentio riso. Um riso interminável que transformou o rosto antes tão sensato de William em uma careta irreconhecível.” Essa descrição é tão impactante que ficou grudada na minha retina, imaginei com grandeza o rosto daquele homem se transformando em outro, e esqueci de prestar atenção no resto: logo no final do trecho dessa cena, Artur é quem direciona o leitor e a leitora para relembrarem o caso do hacker e fazerem a ligação.

Essa é uma das cenas mais icônicas do livro para mim, porque também me faz lembrar de um outro trecho (anterior) em que o próprio psicólogo explica o sorriso da hiena:

Um sorriso nem sempre quer dizer algo bom, detetive. Isso me lembra uma coisa. Um dia eu assisti a um documentário, um desses sobre natureza selvagem. Os pesquisadores estavam tentando desvendar o motivo dos sons emitidos pelas hienas. A maioria das pessoas acha que aquele som é uma risada, mas os pesquisadores chegaram à conclusão de que as hienas de menor posição hierárquica no grupo, hienas dominadas, hienas frustradas, emitiam mais alto esse som que parece uma “risada” – desenhou aspas no ar com os dedos. – Às vezes damos a impressão de alguma coisa, quando na verdade só estamos com medo, dor, fome. Não tem nada de engraçado em ser um animal carniceiro que se alimenta do que sobrou dos mortos.

Para mim, o William é essa hiena e essa é a cena do seu riso.

Isso me leva ao outro elemento da obra que gostaria de destacar:

A engenhosidade da mente de David

“Um recém-nascido com fome e sem alimento não hesitaria em matar outro recém-nascido que está com uma mamadeira, para poder tomar o seu alimento e saciar sua fome. O mal é um estado natural do ser humano, que nasce sem a noção de certo ou errado, sem consciência moral, agindo para saciar suas necessidades, movido apenas por seus instintos selvagens. Em um mundo onde o mal nasce com a gente, todos fariam qualquer coisa, sem apego à moralidade, para não sucumbir.”

Um assassino em série, por si só, já é uma coisa aterrorizante. Uma pessoa que é capaz da crueldade com que os assassinatos foram realizados e, além disso, é alguém extremamente inteligente, é algo ainda mais assustador. 

Acho que, antes de tudo, David sabia muito bem como mergulhar na mente humana e entender suas motivações; ao ler a tese de estudo de William, ele percebe que para seu intento seria necessário um homem como ele, com uma vontade de fazer alguma diferença no mundo, e que essa diferença pendesse a balança para o bem. 

“Só uma pessoa boa é capaz de entender o mal.”

Pessoalmente, desconfio que o David não se interessava tanto assim pelo estudo que propôs a William: como um ser humano que não aprendeu a empatia e a lidar com a própria dor, ele quis infringir a dor no outro, como meio de tentar aliviar a sua. Mas ele também queria a atenção e a liberdade, e talvez seja por isso que ele não pode correr o risco de ser identificado, mas precisa compartilhar com alguém a sua “obra”, alguém que de alguma forma se beneficiará de seu trabalho, para que ele seja essencial para algo ou alguém. Assim, o estudo sobre as crianças que perderam seus pais de forma violenta se torna apenas um argumento para convencer o William a escutá-lo e não o denunciar, uma vez que se torna cúmplice, mostrando o quanto o David é habilidoso para reconhecer os desejos alheios e jogar com eles.

“Sabe, tem uma falha nesse seu motivo nobre. Não era necessário deixar que cinco famílias fossem destruídas pra saber se uma tragédia pode desencadear o mal em alguém. Se esse era realmente o seu objetivo, um homem tão inteligente quanto você devia ter notado que o momento em que você concordou com isso já era prova suficiente de que só é preciso querer pra se tornar um monstro.”

Essa é a fala do nosso herói Artur Veiga, após ouvir o relato de William no final do livro. 

É possível pensar que o David soubesse disso e que o fato de ir ao lançamento do livro do William se dá menos pelo livro do que para acompanhar o resultado do seu próprio estudo: a decadência de um homem assolado pela culpa de ter escolhido ser um monstro.

Além de ter usado a polícia ao imprimir a máscara com o rosto do assassino de seus pais, Marcos, para cometer os próprios crimes e, assim, poder encontrá-lo através da denúncia do retrato falado, David se vale do que Marcos tem de mais precioso para impedir que ele se mate enquanto o mantém em cativeiro: fotos da neta, uma prova de que está viva e feliz, e também uma ameaça. Apesar de negada a sua oportunidade de um lar estruturado e um família feliz, David compreende muito bem a natureza do amor parental e usa isso contra a própria vítima.

Outra coisa que faz do David um vilão apavorante é que nas suas mensagens com o William ele é muito racional e argumentativo; além disso, os seus discursos não são marcados por um ódio gratuito, mas por uma “lógica moral” que fala sobre as injustiças do mal que o ser humano infringe a sua própria espécie.

“Primeiro fui para a casa dos meus tios, depois para um reformatório juvenil, onde não me ensinaram a ter respeito pelas pessoas, mas a ter respeito pela dor e pelo castigo.”

O David é uma personagem espantosamente complexa. Há uma cena em que uma vizinha pede a ele uma muda das rosas que ele cultiva em seu jardim; ele poderia simplesmente negar, ignorar, mas não, ele quase carinhosamente coloca a muda em um vaso e o entrega à mulher. Há outro trecho do livro em que a Bete aparta a briga de dois homens, em que um acusa o outro de ser um pedófilo; mais para frente, descobrimos que, de fato, o homem era um pedófilo e que o acusador era David. David, um homem capaz de matar os pais de uma criança na frente dela e, ao mesmo tempo, corre o risco pessoal de ser descoberto ao se envolver em uma briga para livrar crianças do risco de cair nas garras de um pedófilo. Não é perturbador?

Todos esses elementos constroem uma personagem que poderia ser uma pessoa real, um amigo, um vizinho, um familiar, alguém que o leitor e a leitora conhecem. Como não ter medo disso?

Parabéns para o autor, Gustavo Ávila, pela criação de um vilão incrível.

Notas sobre o aspecto formal e estilístico do autor

Como não poderia deixar de ser em se tratando do gênero, o estilo narrativo de O sorriso da Hiena é mais seco, bastante objetivo. No entanto, isso não quer dizer que o autor não se preocupou com a estética do texto, pelo contrário: há algumas passagens muito bonitas que só autores muito sensíveis são capazes de criar. Compartilho aqui algumas das que me chamaram mais atenção: 

“A clientela mesclava homens e mulheres, alguns interessantes, outros só interessados.”

“Cada um adjetiva o tempo independentemente da cor do céu.”

“A mensagem caiu como um trovão sem o aviso prévio de um relâmpago.”

Outro aspecto importante dessa obra é a mudança no foco narrativo: hora acompanhamos David, hora acompanhamos William, Artur, Bete, Cris e Juliana. Esse é um recurso até que comum do gênero e essencial para gerar e manter a tensão na pessoa que lê: o leitor e a leitora está sempre a par da sequência de acontecimentos, sabe mais do as personagens individualmente, e por isso, tendo se afeiçoado a algumas delas, teme por elas, porque consegue prever desdobramentos, riscos, etc. O Gustavo usa o recurso de forma magistral e o efeito é um livro que não se consegue parar de ler.

O que mais despertou minha atenção, no entanto, foram as descrições. O Gustavo as usa não só para situar a pessoa que lê, mas abusa das coisas pequenas do cotidiano, que todos reparam mas não dão atenção, para também criar atmosferas de sentidos e sentimentos a cerca de uma cena, ou uma personagem. Destaco abaixo algumas e o que pessoalmente acho delas para ficar mais claro o que quero dizer: 

“Algumas gotas de café que ainda não tinham terminado de passar chiaram ao cair na chapa quente.” 

Essa frase está logo no início do texto, quando William é apresentado ao leitor e à leitora. É uma descrição aparentemente banal, mas que já adianta o estado de espírito que a personagem se encontra: completamente destacado do mundo material, distraído, imerso no mundo particular das suas ideias.  

“Ficou observando a família feliz que voltava para casa com uma pizza, perfumando o cubículo com cheiros de muçarela, orégano e manjericão.”

Além de contrapor o humor de William e da família, essa frase desperta o sentido olfativo da pessoa que lê e cria um sentimento de culpa, porque o cheiro é gostoso e antecipa uma cena confortável e agradável que é um jantar em família enquanto William seguirá sozinho e mal resolvido.

“Quando estava sentada, Juliana tinha a mania de levantar a perna direita assim que começava a rir.”

Atenção: não é qualquer perna, não é a perna esquerda, é a perna direita que Juliana levanta quando ri. Muito além de ser apenas uma característica marcante da personagem, demonstra todo o interesse que o William tem em sua parceira, porque tomamos conhecimento dessa mania sob o foco narrativo dele. De novo, pode parecer uma descrição fútil e desnecessária, mas, na minha opinião, é uma forte expressão do amor que ele sente por ela; quem observa uma pessoa assim tão intimamente se não há um potente sentimento desse envolvido? 

“No caminho, pisou em um boneco de borracha largado no chão, fazendo soar o som agudo e infantil do brinquedo. Olhou para baixo e viu uma parte do corpo do boneco esmagada sob a sola do seu sapato.”

Essa é uma das melhores passagens nesse sentido. O acidente que mata seu amigo Cris aparece como um “divisor de águas” na decisão de William sobre aceitar a proposta de David; é o ponto em que não há mais volta, ele matou seu amigo e não pode mais fingir que não está em suas mãos impedir os desdobramentos dos acontecimentos, afinal, ele já fez, ativamente. O boneco, uma forma humana associada às crianças por se tratar de um brinquedo, sob a sola do sapato de William é uma metáfora muito vigorosa do que de fato acontece, do que ele, no fundo, sente: é ele quem, ainda que indiretamente, impõe o sofrimento àquelas crianças. 

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